terça-feira, 17 de maio de 2011

Exije-se o terceiro idioma. Você já tem o segundo?

Num mercado cada vez mais exigente, o profissional se vê diante de mais um desafio: o conhecimento de uma terceira língua. Embora muitos ainda não tenham nem o segundo idioma, que é o inglês, a exigência do terceiro, que para a maioria das profissões é o espanhol, já é uma realidade. A 31ª edição da Pesquisa Salarial e de Benefícios, realizada pela Catho Online, mostra que falar inglês e espanhol pode aumentar o salário em até 21,78%. Por exemplo, supervisores, coordenadores ou chefes que falam apenas português recebem salário de R$ 4.343,98, enquanto que os falam inglês recebem R$ 5.124,04, e os que falam inglês e espanhol, R$ 5.290,03.
De acordo com Constantino Cavalheiro, diretor da Catho Educação, apesar de o espanhol ser o terceiro idioma para a maioria das profissões, algumas áreas podem exigir outro idioma, dependendo da nacionalidade da empresa. Já Valéria Mota, gerente executiva de seleção da MRH Gestão, tem percebido muita demanda por esse profissional trilíngue através de multinacionais, principalmente para o cargo de secretaria executiva. “As multinacionais têm suas sedes no país de origem e alguns colaboradores têm que fazer relatórios, balanços”, explica.

Estágios e trainee
Se o inglês é cobrado nos processos de seleção de estágio e, principalmente, de trainee, o terceiro idioma aparece como um diferencial. Para Renata Schmidt, diretora da Foco Talentos, o candidato a trainee de uma indústria alemã, por exemplo, que souber falar alemão, com certeza terá vantagens no processo seletivo. “Realmente, o terceiro idioma é um diferencial e percebo a preocupação desses jovens em desenvolver-se nesse sentido, mas hoje não temos, nos processos seletivos, mais que 10% com esse domínio”. De acordo com ela, em 90% dos programas de trainees e estágios, o inglês é mandatório e os candidatos parecem cada vez mais preocupados em atender a essa demanda do mercado. “Essa nova geração realmente se motiva a estudar o idioma inglês”, diz.

Antes do terceiro idioma, foco no inglês
Conforme explicou os consultores ouvidos pelo O POVO, muitos candidatos ainda não têm fluência no inglês. Valéria Mota afirma que ainda tem muita dificuldade de encontrar profissionais, de qualquer área, com fluência em inglês. Para Constantino Cavalheiro antes de se pensar em um terceiro idioma, o profissional deve ter fluência no inglês: “Só posso investir em outros idiomas, como mandarim, italiano, depois que tiver fluência no inglês”, afirma, ressaltando que essa fluência trata-se de escrever e falar corretamente.

Copa e Olimpíadas são demandas pontuais
Para Cavalheiro, tanto a Copa de 2014, como as Olimpíadas de 2016 vão deixar um legado importante de conscientização para os profissionais se qualificarem. Mota acredita que, independente da Copa, as pessoas devem, cada vez mais, conhecer outro idioma: “Tem muito investidor estrangeiro no Estado que precisa de profissionais de diversas áreas. Independente da área, tem que estudar”, diz. Para ela, as atividades ligadas ao turismo ainda carecem de pessoas com conhecimento em outras línguas. “Acho que aqui ainda não estamos preparados para a Copa. Não temos taxistas que falem, pelo menos o inglês. Precisamos preparar vendedores, atendentes, recepcionistas”.
O inglês ainda é o idioma mais exigido no mercado de trabalho, independente da área. Em seguida, vem o espanhol. O salário de quem fala inglês e espanhol pode aumentar em até 21,78%, de acordo com pesquisa realizada pela Catho Online.

Fonte: O POVO Online/OPOVO/Empregos

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